Observabilidade em integrações é a capacidade de compreender o que acontece dentro do hub por meio de traces, métricas de serviço e logs estruturados correlacionados entre si, para explicar falhas e latências de integração entre comércio eletrônico, ERP, WMS e serviços. O OpenTelemetry é o padrão recomendado para gerar telemetria de forma agnóstica para os fornecedores.
Um hub de integração com múltiplos serviços e sistemas interconectados é um ambiente bastante complexo. Por isso, o monitoramento sem correlação pode apresentar somente sintomas. Uma métrica de erro, por exemplo, pode indicar um problema, mas sem a correlação com logs e traces, é quase impossível entender por que, onde e como ocorreu. Descubra o que é observabilidade em integrações!
Como fazer rastreamento distribuído no fluxo de integrações?
O rastreamento distribuído conecta eventos entre sistemas via IDs de trace e span propagados em headers. Dessa forma, cada serviço, como orders/create → hub → ERP → transportadora, adiciona spams ao mesmo trace.
O contexto deve ser injetado nas requisições webhooks. Ferramentas como AWS X-Ray e Azure Application Insights facilitam a correlação, auxiliando na visualização de dependências e melhorando a observabilidade em integrações.
Quais métricas acompanhar no hub de integração?
Utilize SLIs (Indicadores de Nível de Serviço) como latência, taxa de erro, throughput de eventos, backlog de filas, sucesso de reprocessos e tempo de ciclo da integração. Defina SLOs (Objetivos de Nível de Serviço) para medir a confiabilidade e aplique erro orçamentário para conter as mudanças quando o nível de serviço cair. Armazene e alerte com Prometheus e regras baseadas em PromQL
O Prometheus oferece uma variedade de métricas que se adapta ao SLI, sendo os principais, counter, gauge, histogram e summary. Counters são utilizados para valores que só aumentam, Gauges para valores que se alteram para cima e para baixo, Histograms distribuem valores em grupos, calcular distribuições, e Summaries para calcular quantis no lado do aplicativo.
Como estruturar logs úteis para integrações?
Para estruturar logs úteis para a observabilidade em integrações, utilize logs estruturados com IDs de correlação, chave do pedido, SKU e código do canal. Agregue com Grafana Loki, que indexa por rótulos e escala com baixo custo. Para implementar desenvolva:
- Padrões de mensagem: defina formatos e convenções;
- Mascaramento de dados sensíveis: oculte dados confidenciais que podem comprometer a segurança;
- Retenção por criticidade: estabeleça diferentes períodos de retenção com base na importância de requisitos legais de cada tipo de log.
Consolide os logs de múltiplas fontes em um sistema central, como Grafana Loki, que usa indexação leve baseada em rótulos, ou ELK (Elastic Stack), para facilitar o monitoramento e as buscas.
Como definir SLI/SLO e gerir erro orçamentário?
Para definir SLO (Objetivo de Nível de Serviço) e SLI (Indicador de Nível de Serviço) por fluxo, escolha indicadores representativos do comportamento real da observabilidade em integrações como, por exemplo, o percentual de eventos processados em menos de 2 segundos.
Estabeleça SLOs trimestrais e utilize erros orçamentários para pausar mudanças de quando a confiabilidade cai. Em picos sazonais, é indispensável adotar políticas temporais mais flexíveis e reavaliar os limites, fortalecendo a prática de observabilidade em integrações.
Como tratar falhas com dead-letter queue e reprocesso idempotente?
Para tratar falhas com dead-letter queue e reprocesso idempotente, envie mensagens que não podem ser processadas para um dead-letter queue (DLQ) depois de tentativas falhas. A idempotência evita duplicar efeitos ao reenviar. Implemente boas práticas de DLQ, como:
- Monitore a DLQ: configure alarmes que notificam a equipe quando mensagens chegam na DLQ;
- Use DLQ para erros irrecuperáveis: reserve a DLQ para mensagens que falharam depois de um volume máximo de tentativas na fila principal, e não falhas temporárias.
Em sistemas mais complexos, defina regras para triagem na DLQ, priorizando mensagens de maior impacto. O uso de uma DLQ pode impactar em cenários onde a ordem de processamento é crítica, sendo essencial considerar outras estratégias.
Como desenhar alertas que evitam “fadiga de alarme”?
Alertas por sintoma e tendência, não somente por eventos isolados. Utilize métricas como p99 de latência, erro por rota e crescimento de backlog com janelas e deduplicação, para evitar ruído. SLO-aware alerts reduzem ruído e focam impacto real.
Como correlacionar webhooks com chamadas de API em incidentes?
Para correlacionar webhooks com chamadas de API em incidentes, use o mesmo trace-id no header do webhook e nas chamadas subsequentes. As ferramentas de rastreamento exibem a cadeia completa para achado rápido de falhas. Confira alguns exemplos com inventory_levels/update:
- Webhook inicial: sistema de comércio eletrônico envia um webhook para o seu serviço de estoque para notificar sobre uma atualização no nível do inventário;
- Lançamento do rastreador: seu serviço de estoque dar início a um rastreamento como trace-id, além de fazer chamadas para APIs internas para processar uma atualização;
- Amostragem dinâmica: uma ferramenta de monitoramento de performance de aplicação (APM), como AWS X-Ray, pode ser configurada para coletar amostras da telemetria de todas as solicitações que utilizam trace-id para diagnóstico. Isso garante uma visibilidade mais detalhada do fluxo, mesmo quando a amostragem não é completa;
- Replay com marcação: caso haja um incidente, o log da falha e os dados do rastreador podem ser marcados. O trace-id possibilita a reconstrução da sequência exata de eventos e o estado da aplicação para reproduzir o exemplo.
Ao implementar estratégias inteligentes e boas práticas, como a correlação de webhooks com chamas de API em incidentes, é possível melhorar as operações e evitar erros que podem impactar diretamente o seu negócio.
Exemplo prático: runbook de “pico com backlog em fila”
Se o backlog sobe, verifique a taxa de consumo, limites de API e erros 5xx nas dependências. Ative backpressure, abra capacidade e reprocesso DLQ por lotes com idempotência. Utilize o trace do pedido para identificar gargalos do fluxo, monitore os painéis de throughput e p99 em Prometheus e Grafana e defina saída controlada do modo de proteção.
A implementação da observabilidade em integrações é fundamental para compreender e otimizar o desempenho de um hub de integração. Com a combinação de métricas, traces, logs estruturados e mecanismos de dead-letter queue, as equipes podem facilmente identificar erros, correlacionar eventos, além de minimizar erros orçamentários.
Ferramentas como Grafana Loki, Prometheus e o rastreamento distribuído baseado em OpenTelemetry, oferecem uma maior visibilidade sobre fluxos, permitindo decisões baseadas em dados.
A Base é uma plataforma que reúne uma variedade de soluções para gerenciar múltiplos canais de vendas que a sua empresa utiliza. Acesse a plataforma da Base e solicite uma demonstração de hub de integração para verificar como as operações podem ser simplificadas com nossas soluções!
FAQ sobre Observabilidade em hub de integração
Observabilidade é só “monitorar CPU e memória”?
Não. Observabilidade em integrações explica o porquê do problema usando traces, métricas e logs correlacionados. Ela utiliza três pilares principais para permitir que as empresas compreendam a causa raiz de um erro ou problema;
Preciso trocar todas as ferramentas para adotar OpenTelemetry?
Não. OpenTelemetry é neutro e exporta para vários backends; comece pelo Collector. A sua equipe pode começar a utilizar o OpenTelemetry Collector, que recebe dados de telemetria e pode exportá-los para variados backends;
Dead-letter queue pode bagunçar a ordem das mensagens?
Pode afetar a sequência; avalie por fluxo e documente no runbook. A análise do impacto na ordem deve ser feita por fluxo de trabalho.






